Cirurgia permite voltar à vida normal em menos de um mês
“A dor lombar com irradiação para as pernas, também conhecida como dor ciática (decorrente da compressão do nervo ciático), é uma das queixas mais frequentes e incapacitantes apresentadas no cotidiano do consultório médico”, afirma o médico ortopedista Álynson Larocca Kulcheski, especialista em coluna do Hospital VITA.
O médico explica que em cerca de 5 % das ocorrências os sintomas surgem por existir uma hérnia de disco na coluna lombar. De acordo com ele, esse sintoma, além de ser desconfortável, pode se tornar incapacitante e gerar uma dor de forte intensidade na região lombar e inclusive irradiar para as pernas.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que 80% da população terá pelo menos um episódio similar de forma aguda. No Brasil, este número representa aproximadamente 50 milhões de pessoas com esse sintoma.
De acordo com o ortopedista, a maioria dos pacientes melhora completamente após seis a 12 semanas de tratamento conservador, o qual envolve medicação para dor, reabilitação com fisioterapia e atividade física orientada pelo médico, além de cuidados para proteção da coluna lombar. Segundo ele, os pacientes que não apresentam melhora e seguem refratários ao tratamento clínico ou que manifestam piora neurológica progressiva (diminuição da força nas pernas, amortecimento, perda de sensibilidade em região do trajeto do nervo ciático), têm como opção terapêutica a intervenção cirúrgica, com retirada da hérnia de disco que está comprimindo as raízes nervosas.
“Existem várias formas de se realizar o procedimento. Com a popularização das técnicas minimamente invasivas da coluna vertebral, a retirada da hérnia de disco, por meio da cirurgia por vídeo (cirurgia endoscópica da coluna lombar, também conhecida como vídeoendoscopia da coluna) tem se tornado uma opção cada vez mais presente para o tratamento das hérnias discais”, destaca.
Segundo ele, o campo da cirurgia vem avançando com o passar do tempo e a possibilidade de preservar tecidos normais deu início ao conceito da técnica minimamente invasiva. Esta área do conhecimento evoluiu e sua aplicabilidade em diversos procedimentos é uma realidade. “Na cirurgia da coluna estas técnicas estão gradualmente sendo adotadas e têm a finalidade de conseguir melhores resultados que a cirurgia aberta convencional”, ressalta. Por isso, a cirurgia de coluna realizada pela técnica endoscópica (minimamente invasiva) apresenta-se como um método seguro e sua indicação tem aumentado gradativamente, sendo que diversas publicações científicas corroboram com estes dados.
“A discectomia endoscópica apresenta vantagens em relação à técnica aberta tradicional em muitos aspectos, sendo a recuperação mais acelerada e o menor risco de sangramento e infecções são os benefícios mais importantes”, aponta o especialista.
Vantagens da discectomia endoscópica:
– Incisão cirúrgica menor (aproximadamente 0,8 cm) e consequentemente uma cicatriz mais estética e de mais fácil recuperação, com mínima lesão muscular. A cirurgia tradicional apresenta cicatriz de 3 a 5 cm e necessita afastamento e abertura dos músculos da coluna lombar.
– Menor risco de infecção e menor perda sanguínea
– Menor índice de complicações em paciente com outras doenças como: idosos, diabéticos, tabagistas, obesos e cardiopatas
– Permite uma visualização clara das estruturas nervosas da coluna através de uma câmera de alta resolução
– Menor tempo de hospitalização, com menos dor no pós-operatório (geralmente o paciente recebe alta hospitalar com menos de 24 horas após a cirurgia)
– Retorno mais rápido às atividades normais e ao trabalho. O retorno às atividades acontece de forma mais precoce que a cirurgia convencional, ocorre de duas a três semanas após a realização do procedimento. Varia de acordo com a resposta do paciente, precisa sentir-se seguro e confortável para retornar às ações cotidianas.
O ortopedista explica que a técnica não é recente, no Brasil, é realizada há cerca de dez anos, porém é pouco difundida. Em outros locais do mundo considerados como referências desta cirurgia, já acontece desde a década de 1990, sendo os principais expoentes a Coreia do Sul e a Alemanha, país que é referência mundial no treinamento e desenvolvimento de técnicas por vídeo, onde cerca de 20 mil pacientes já foram operados utilizando a avançada técnica endoscópica. O especialista, que realizou treinamento e especialização desta técnica no centro de excelência da Alemanha, no Hospital St. Anna, em Herne e em Dusseldorf, já realizou o procedimento em cerca de 160 pacientes na capital paranaense.
TENHO HERNIA DE DISCO, E GOSTEI MUITO DO QUE FOI EXPLICITADO POR VOCES
Bom dia.
Tenho hérnia de disco, venho procurando a cada dia ter uma vida saudável. Prático esportes, e me limito em meus exercícios.
Amo minha vida, e gosto de esportes.